O ronco grave do motor da caminhonete preenchia o silêncio inicial, misturando-se ao som distante dos pássaros e o estalar dos cascalhos sob os pneus. O sol da manhã caía forte, dourando a estrada de terra batida que se estendia à frente. Taylor estava no banco do passageiro, o braço esquerdo jogado sobre o apoio da porta, a mão direita segurando o chapéu que descansava sobre o joelho. O cabelo loiro caía um pouco sobre a testa, e o brilho intenso dos olhos azuis denunciava que havia algo mais em sua mente do que simplesmente o calor daquela manhã.
Maurício, ao volante, lançava olhares rápidos e divertidos para o cunhado. Tentava manter a expressão neutra, mas o sorriso no canto da boca o entregava. Ele conhecia Taylor desde moleque e sabia que aquele semblante mais leve, os ombros relaxados e a f