Maurício empurrou a porta com os nós dos dedos, sem fazer alarde, e deixou que a penumbra do quarto o recebesse com o cheiro morno de vapor e chá recém-feito. A janela entreaberta deixava entrar um fiapo de vento úmido, a toalha estendida na cadeira denunciava um banho apressado. Sobre a mesa de cabeceira, ao lado de um relógio parado e de uma compressa já fria, a caneca vazia que Lila trouxera mais cedo ainda exalava um resquício de hortelã com capim-cidreira. No centro de tudo isso, deitado atravessado na cama como quem perdeu a noção de onde o corpo termina e o colchão começa, estava Taylor, só de toalha amarrada na cintura, o peito largo ainda com gotas teimosas que desciam como pequenos trilhos de água.
Maurício encostou o ombro no batente por um segundo, sorrindo ladino j&aacu