A madrugada caiu sobre a fazenda como um manto espesso. A chuva já havia diminuído, transformando-se em um gotejar constante que escorria pelas calhas e respingava nas poças de lama do pátio. O vento frio assobiava pelas frestas das janelas, fazendo as cortinas leves balançarem.
Lila rolou na cama por horas, incapaz de encontrar sono. Cada vez que fechava os olhos, via os faróis do carro de Taylor desaparecendo estrada afora. O coração latejava, uma angústia insistente que ela tentava calar repetindo para si mesma que não se importava. Mas importava, e muito.
Por fim, não suportou mais. Sentou-se na cama, puxou o robe leve que estava jogado na poltrona e o vestiu, amarrando o cinto com as mãos trêmulas. Descalça, atravessou o quarto em silêncio,