Na casa simples de Maurício, o cheiro de madeira úmida e fumo impregnava o ar. Ele acendeu o lampião sobre a mesa de madeira pesada e foi até o armário, de onde puxou uma garrafa de vidro fosco, cheia de um líquido dourado que quase queimava só de olhar.
— Cachaça de Dona Severina. — anunciou, com um meio sorriso. — Se não resolver, pelo menos anestesia.
Taylor pegou o copo sem cerimônia, virou a primeira dose inteira de uma vez só e tossiu, sentindo o fogo descer queimando a garganta até o estômago.
— Desgraça de forte… — resmungou, batendo o copo na mesa.
Maurício riu e se serviu também, mas bebeu devagar.
— Agora fala, cabra. O que diabos aconteceu? Você tá parecendo um cavalo chucro. — disse, rindo. — Qualquer coisa já sai empinando, batendo os cascos, bufando.
Taylor lançou-lhe um olhar atravessado, mas não conseguiu esconder o canto da boca se contraindo.
— Não tô de brincadeira, Maurício. — resmungou.
— Eu sei que não tá. — respondeu, sério por um instante. — Mas deixa eu te