A estrada de cascalho se alongava diante da caminhonete, e cada metro que se aproximava da fazenda parecia trazer com ele uma mudança sutil no ar. O cheiro de terra úmida se misturava ao de capim recém-cortado, e ao longe já se podia ver o portão de madeira com o brasão da família.
Lá no terreiro, a tarde se pintava em tons quentes. O sol descia devagar, banhando a varanda em uma luz dourada que parecia transformar cada detalhe, desde o brilho das folhas até o pó que se levantava sob o vento.
Na varanda, Catarina e Lila conversavam. Catarina gesticulava, falando animada sobre a noite quente com Mauricio, enquanto Lila, com uma xícara de café entre as mãos, assentia, meio distraída, olhando de tempos em tempos para