A chuva caía fina e persistente, tamborilando nas abas do chapéu de couro de Taylor Remington enquanto ele atravessava o pasto enlameado a cavalo, praguejando baixo a cada passo que o animal dava entre o barro e os espinhos. Estava encharcado, gelado até os ossos e com o humor pior que touro enfurecido.
— Maldito do Cleberson e aquele cercado podre dele… — resmungou, cuspindo a água da boca. — Da próxima vez, deixo o gado invadir o quintal da casa dele. E quem sabe mijar no sofá também.
Era mais de meia-noite. Ele e Maurício tinham acabado de sair do bar perto da fazenda quando receberam a ligação de um dos peões, os bois do vizinho tinham arrebentado o cercado e invadido as terras dele. Taylor, teimoso como era, mandou Maurício ir dormir e