A lua derramava um brilho prateado sobre a fazenda, como se alguém tivesse polvilhado pó de estrelas nos campos. Depois do “sim” e do beijo que parecia não terminar nunca, Maurício e Catarina caminharam sem pressa, de mãos dadas, como se cada passo fosse um selo para a promessa recém-feita. O anel no dedo dela cintilava discreto, e a emoção ainda deixava sua respiração curta, entre risos e lágrimas teimosas que insistiam em voltar.
— Vem comigo. — disse baixinho, com a voz rouca de emoção e desejo.
Ela foi, sem perguntar para onde. Conhecia aquele caminho, a trilha que descia pela sombra das árvores até o pequeno riacho onde, em tantos fins de tarde, eles já tinham se amado diversas vezes.
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