O céu sobre a fazenda Miller estava pintado com tons de fogo e ouro. Um espetáculo digno de admiração… para quem estivesse com a cabeça tranquila. Mas Taylor Remington Miller estava longe disso.
Ele saiu portão afora como um furacão sobre patas, montado em Diablo, seu alazão negro, enorme, feroz e orgulhoso como o próprio dono. O animal relinchava alto, bufando como um touro selvagem, os cascos batendo com força na terra batida, levantando poeira atrás de si.
Diablo não era apenas um cavalo. Era uma lenda em carne, osso e ferradura. Negro como noite sem lua, com crina grossa e selvagem, olhos de fera e um gênio que só não era pior que o do próprio dono. Diziam que ele derrubou três peões em menos de uma semana e mordeu o veterinário porque “não gostava do cheiro de remédio”. Ninguém ousava montá-lo, ninguém além de Taylor. E não porque tivesse domado o cavalo, mas porque os dois tinham feito um pacto silencioso de selvageria.
Naquela manhã, Diablo parecia tão indignado quanto o homem