Bárbara permaneceu nos braços de Henrique por um longo tempo, as lágrimas molhando a camisa dele. A revelação sobre Bruno era um golpe devastador, desfazendo a imagem do irmão que ela sempre guardara. Quando finalmente se afastou, seus olhos estavam vermelhos e inchados, mas havia uma nova determinação neles.
— Precisamos ir ver meus pais, Henrique, — ela disse, a voz ainda fraca, mas firme. — Eles precisam saber que estamos bem. E... talvez eu consiga amenizar a situação, pelo menos por enquanto.
Henrique assentiu, beijando a testa dela. — Você tem razão. Vamos arrumar nossas coisas e partimos agora mesmo.
A viagem para o interior foi silenciosa, preenchida pela tensão e pela dor de Bárbara. Henrique tentava confortá-la com pequenos gestos, mas sabia que o tempo e a aceitação seriam os únicos curativos para o coração dela. Ao chegarem à casa dos pais de Bárbara, no meio da tarde, o cheiro de terra molhada e flores do campo trouxe um breve alívio.
Marta e Antônio, os pais de B