Sebastian sumiu o resto do dia, como de costume. Jantei sozinha, o barulho da colher batendo no prato de sopa já estava irritando meus ouvidos, apesar de estar sempre sozinha confesso que sinto falta de qualquer tipo de barulho.
Aprontei-me para dormir, mas não consegui, os pensamentos ainda faziam festa na minha cabeça, enquanto minha ansiedade gritava no peito.
Olhei para o teto, aquele quarto vermelho parecia abafar minha respiração.
Senti agulhadas na cabeça quando ouvi o barulho de algo caindo no chão do lado de fora, parecia ter sido um vaso, depois a porta foi aberta, a luz que emanava de fora desenhava perfeitamente o corpo do Sebastian que estava com um punho cerrado e no outro havia uma garrafa de bebida.
Sentei-me na cama, assustada.
Ele fechou a porta atrás de si com o pé, virou a garrafa nos lábios com amargura.
— Caralho de bebida barata! — Jogou a garrafa no chão que se desfez em milhares de pedacinhos.
Puxei o lençol a altura do pescoço.
— Eu odeio vodca. — Resmungou.