James observou Perpétua caminhar tranquilamente pelo corredor. A aparência da governanta era totalmente sóbria, e o rosto não transparecia nenhuma emoção. Ele reparou nas roupas, e notou que a mulher parecia constantemente de luto, usando um longo vestido negro. Os cabelos estavam, como sempre, presos num coque severo atrás da nuca. Sorrindo, imaginou se aquela mulher não seria um zumbi perambulando pelo castelo. Durante anos, aquela atitude reservada e seca o assustou e o manteve afastado. Mas não podia mais fingir que nada via. Aquela história fora longe demais.
O velho mordomo então no centro do corredor a aguardou. Quando ela se aproximou dele, levantou os olhos e o encarou.
— Com licença? — solicitou.
Mas o mordomo não desobstruiu o caminho.
— Sei onde esteve na madrugada de ontem.
As palavras não a deixaram surpresa. Já notara que o mordomo também vigiava seus passos.
— E o que lhe importa isso?
— Sei com quem se encontra! O que está tramando?
Perpétua aproximou-se dele e mante