Irina
Na manhã seguinte, acordei com uma sensação de resolução que não sentia há semanas. O peso das emoções confusas ainda estava lá, mas agora, misturado a algo diferente: clareza. Era hora de enfrentar Pietro, de exigir respostas, mesmo que a verdade pudesse me despedaçar ainda mais.
No começo eu não queria entender ele, mas talvez fosse o momento de ouvir o que ele tinha a dizer.
O silêncio da casa parecia mais pesado do que o habitual. Foi então que meus olhos pousaram sobre a mesa de centro. O celular de Pietro estava ali, largado de forma displicente sobre o móvel, como se ele tivesse saído à pressa e eu me lembrei de que eu mesma o tinha colocado ali para carregar.
“Não deveria…” pensei. mas a curiosidade — ou talvez algo mais sombrio — tomou conta de mim. Peguei o aparelho e, com um toque hesitante, a tela se iluminou. Não havia senha, algo que me surpreendeu. Uma notificação de mensagem piscava no topo. Era de Edward.
— Edward? — murmurei para mim mesma, abrindo a conversa.