Nuria
Acordei com o tipo de silêncio que não era paz.
Era ausência.
O quarto estava quieto demais. Denso demais. Como se o ar segurasse a respiração junto comigo.
Não havia passos no corredor. Nem vozes sussurradas. Só o som abafado do meu coração… e o cheiro dele.
Aquele maldito cheiro.
Estava por toda parte. No travesseiro. No lençol. No meio das cobertas que eu mesma arrumei na noite anterior, tomada por um instinto que nem eu compreendi direito.
Tudo intact