Avô
Segurei o telefone com tanta força que senti os ossos estalarem.
Chamava. Chamava. Chamava.
Nada.
O som de linha morta me encheu de ódio.
Joguei o aparelho sobre a mesa com força. O estalo foi alto, mas não o suficiente para aliviar a raiva queimando em mim.
"Eu sei onde você está, moleque..." murmurei, cerrando os dentes. "Se enfiando naquele território maldito. Traindo o meu legado..."
Fechei os olhos, respirando pesado. Eu sentia o sangue fervendo nas veias, o coração pulsando como um tambor de guerra.