Pierre
O silêncio da sala era ensurdecedor.
Eu permanecia parado no mesmo lugar, os punhos ainda apoiados contra a parede onde, minutos atrás, eu tinha encurralado Juliana.
Meu peito subia e descia com violência, como se o próprio ar tivesse virado uma maldita prisão.
"Merda..." murmurei entre dentes, fechando os olhos por um segundo.
O cheiro dela ainda pairava no ar. Sua pele, seu olhar, o jeito como os lábios dela quase se tocaram aos meus...
Um rosnado baixo escapou da minha garganta.
Meu lobo se remexia inquieto dentro de mim, furioso, enlouquecido.