51: Cheiro impregnado no corpo

No quarto, já seca e vestida com uma roupa confortável, Ava fica diante do espelho e usa uma toalha para secar seu cabelo molhado.

Enquanto faz isso, seus olhos se desviam para a mesa de cabeceira, onde repousava um pedaço de papel meio amassado, onde havia escrito algumas condições para aquele casamento acontecer. Ela franze o cenho e, ainda esfregando a toalha nos fios úmidos, pega o papel para reler.

Ela passa os olhos pela lista, mas trava na primeira linha: “Sem contato físico.”

Bufando alto, revira os olhos.

— Parabéns para mim — murmura, jogando o papel de volta na mesa.

Havia acabado de quebrar a primeira regra, que ela mesma havia criado — e da maneira mais escandalosa possível.

Frustrada consigo mesma, termina de secar o cabelo com um pouco mais de força do que o necessário e joga a toalha de lado. Depois, senta-se na beira da cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos, enterrando o rosto nas mãos.

Mesmo depois do banho, o cheiro de Hector ainda parecia grudado nela, como s
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