Após ser medicada, o médico recomendou que Ava permanecesse no hospital por mais algum tempo, até que o calmante fizesse efeito. Sentada na cama, com uma manta leve sobre os ombros, ela ainda exibia os olhos vermelhos e inchados, mas o pior já havia passado. Hector estava ao seu lado, envolvendo-a com todo o cuidado do mundo, como se ela fosse feita de vidro.
— Vai ficar tudo bem — ele sussurra, com a voz baixa, como se estivesse tentando convencer a si mesmo tanto quanto a ela.
— Obrigada por pensar rápido e nos tirar de lá — ela sussurra, agarrada a ele, como se aquele abraço fosse o único lugar seguro no mundo. — Você foi maravilhoso e mais uma vez salvou a minha vida.
— Ava… enquanto eu respirar, quero proteger você — dispara.
Aquela confissão aquece o coração dela, que o abraça mais forte.
Mas o momento é bruscamente interrompido pelo barulho de passos apressados e vozes aflitas se aproximando pelo corredor. Os pais dela surgem na porta, ofegantes, com os rostos tomados pelo dese