No jardim da casa do primo, Estelle olha para o céu estrelado e respira fundo. A brisa leve toca seu rosto enquanto ela tenta organizar os pensamentos sobre o que fazer dali para frente. Toda a sua vida foi vivida à sombra da mãe, uma sombra pesada, cheia de exigências e cobranças. Margot sempre deixou claro, em palavras e olhares, que Estelle nunca seria nada sem ela.
— Será mesmo? — sussurra, fechando os olhos por um instante.
Sabia que, para provar o contrário, precisaria tomar uma atitude. E a primeira delas era sair da casa do primo. Por mais generoso que ele fosse com ela, e por mais acolhedora que Ava se mostrasse, compreendia que não podia continuar ali. Hector era um recém-casado e, por mais que ele nunca dissesse nada, ela sabia que aquele espaço precisava ser só deles.
Mas, antes de qualquer coisa, precisava de independência. De um trabalho. Um novo começo. Então pensou: talvez fosse a hora de conversar com Hector sobre a proposta de emprego que ele havia mencionado. Se ain