Deitada sobre o peito de Hector pela segunda vez naquele dia, Ava percebe o quanto resistir àquele homem era mais difícil do que imaginava. Por mais que tentasse fugir, por mais que jurasse manter a distância, bastava estar perto dele para tudo desmoronar.
Hector era exatamente o tipo de homem que ela sempre disse que não queria, mas, no fundo… era tudo o que sempre precisou. E, mesmo sem admitir, gostava dele, daquele jeitinho meio bruto, meio carinhoso, que bagunçava tudo dentro de si.
Queria aproveitar aquele silêncio gostoso, aquela paz rara entre os dois… mas o som do seu estômago roncando alto quebra o clima em segundos.
Ela congela. Fecha os olhos, envergonhada. Se pudesse, se enterraria debaixo das cobertas e só sairia no mês seguinte.
Mas Hector ri baixo, passando a mão nos cabelos dela.
— Está com fome?
— Parece que o meu estômago já respondeu por mim — ela resmunga, com um sorriso sem graça, escondendo o rosto no peito dele.
— Que tal sairmos para comer em algum lugar? — su