Ainda em frente à casa da mãe, Catarina se sentou na calçada ao lado de Henri. As mãos dela repousavam sobre os joelhos, inquietas. A apreensão era evidente, o medo da reação do pai ao vê-la novamente com Henri apertava seu peito.
Enquanto ficava assim, Henri percebeu.
— Fique calma — ele disse, tocando de leve a mão dela. — Tudo vai dar certo. Eu vou conversar com o seu pai… até ele entender o quanto amo você.
O tom era tão firme, tão decidido, que por alguns instantes a ansiedade dela deu lugar a uma sensação de calma. Catarina respirou fundo, observando o rosto dele. Havia verdade ali, e isso a confortou.
Mas a tranquilidade não durou muito.
Assim que levantou o olhar para a rua, viu duas figuras se aproximando pela esquina. Seus pais.
O coração dela disparou.
— Lá vêm eles… — Ela murmurou, ajeitando rapidamente a roupa, como se isso pudesse ajudá-la a se sentir mais segura.
Henri endireitou a postura e segurou a mão dela com mais força.
— Não se preocupe com nada — garantiu. — Eu