Eloá ficou em silêncio. Por dentro, muitas memórias da noite com Henri a invadiam, o rosto dele, o toque, e a promessa de que ninguém nunca saberia de nada.
— Ninguém vai descobrir, Brook. Nem ele, nem minha família.
Brook a fitou, séria.
— Segredos assim têm o péssimo hábito de aparecer… quando a gente menos espera.
— Mas esse farei questão de guardar a sete chaves.
— Mas o pai tem direito de saber sobre o filho — Brook argumentou.
Eloá então a encarou com seriedade. Havia dor em seu olhar, mas também certeza.
— Você pediu sinceridade, não foi? Então vou ser sincera. O pai desse bebê, ele nunca gostou de mim. Nunca me viu como alguém com quem pudesse ter algo de verdade. Mesmo assim, eu… gostava muito dele. E quando soube que viria para cá, pedi apenas uma coisa: que ele ficasse comigo uma vez na vida. Só uma.
Brook manteve o olhar fixo, ouvindo sem interromper.
— Ele hesitou, claro. Mas eu insisti. Implorei, para ser honesta. E ele aceitou, com uma condição: que ninguém jamais soube