Era estranho para Eloá perceber como o simples toque da mão de Gael já despertava nela um arrepio que percorria todo o corpo. Como ele podia dizer aquelas coisas, ainda mais vendo o estado em que ela se encontrava?
— Gael, por favor… — pediu, com os olhos marejados.
— Eu já disse… não vou mudar de ideia.
Sem lhe dar tempo para reagir, ele se inclinou e a beijou nos lábios, colocando naquele gesto toda a intensidade do que sentia. Queria que ela soubesse, sem precisar de palavras, que a amava e que estaria ao lado dela, acontecesse o que acontecesse.
O beijo a pegou desprevenida. Por um instante, Eloá sentiu o corpo vacilar, como se as pernas não fossem capazes de sustentá-la. O calor dele, o sabor familiar, o jeito como seus dedos lhe seguravam o rosto com firmeza… tudo a fez esquecer, ainda que por segundos, de qualquer medo ou insegurança.
Quando Gael se afastou, manteve a testa colada à dela, respirando rápido.
— Você não está sozinha, Eloá. Nunca mais vai estar.
Ela fechou os olho