Henri estacionou o carro em frente ao pequeno prédio do seu escritório. Ele desligou o motor, permaneceu por alguns segundos imóvel e lançou um rápido olhar para o lado. Catarina ajeitava discretamente os cabelos ruivos, que haviam escapado do rabo de cavalo durante o trajeto. Sua postura era ereta, mas os dedos inquietos denunciavam o nervosismo que sentia.
— Chegamos — disse ele, rompendo o silêncio com sua voz grave.
Ela assentiu, engolindo em seco, e abriu a porta. O salto médio das sandálias ecoou discretamente no piso da calçada. Havia uma mistura de elegância e simplicidade em cada gesto dela, algo que ele não conseguia ignorar. Ele também saiu do carro, contornou-o e, em um gesto quase instintivo, abriu a porta de vidro do prédio para que ela entrasse primeiro.
— Obrigada, senhor Henri — murmurou, tímida.
— Já te disse… pode me chamar apenas de Henri — lembrou, com um sorriso sutil que parecia provocar mais do que acalmar.
O saguão estava silencioso, exceto pelo som distante d