O sol já se punha e a escuridão começava a envolver o campo. Montado no cavalo, Henri sentia cada músculo dolorido, exposto ao frio da noite e à pele arranhada pelo contato direto com o animal, sem sela. Desesperado, percorreu a estrada que cortava o canavial, sem rumo, torcendo para encontrar alguém que pudesse ajudá-lo. Mas, para seu azar, não havia uma alma viva à vista.
Seu nariz latejava, por conta do sangue escorrendo misturado à poeira da estrada. Tudo parecia um pesadelo do qual não conseguia acordar. Ninguém poderia ajudá-lo; sua família estava longe, sem nenhuma chance de saber o que estava acontecendo.
— Meu Deus, o que faço agora? — murmurou, percorrendo os olhos pelo horizonte de canaviais e a estrada de terra à sua frente. — Como vou sair dessa?
Olhou para trás repetidas vezes, com o coração batendo acelerado, o medo pulsava em cada fibra do corpo.
De repente, ouviu o som distante de um veículo se aproximando. Um fio de esperança o fez parar o cavalo e descer, acreditand