Sean Black
O quarto era grande demais para mim. Frio demais.
Minha mãe e suas conveniências estúpidas.
Passo as mãos pelos cabelos, irritado com toda aquela situação. E vi, pelo olhar de Alexandra, o mesmo incômodo que pulsava em mim.
Ela estava ajoelhada diante da mala, tirando cuidadosamente os vestidos e os cosméticos, metódica como sempre.
— Não gosto disso — confessei, encostando-me à porta do quarto separado da minha ruiva, os braços cruzados. — A gente mora junto, viaja junto, dorme junto, trabalha junto… e de repente, quartos separados? Minha mãe e suas regras de etiqueta do século XVIII.
Ela sorriu de leve, “aquele sorriso que tenta ser pacífico, mas carrega um rastro de ironia”.
— É só um fim de semana, amor. A gente sobrevive. O que acha desse aqui para o jantar?
Suspendeu um vestido longo, rosa envelhecido, de seda leve e alças finas. Delicado e sensual. Tão dela.
— Um fim de semana sem você parece uma eternidade. — Caminhei até ela, tocando seus cabelos. — Mas não se preo