A sala de reuniões no trigésimo andar espelhava a cidade de Itajaí ao entardecer. Do alto, as luzes dos prédios e postes começavam a cintilar, fincando-se na paisagem como estrelas cadentes sobre a vasta imensidão escura do mar. Sean Black, aos seus trinta anos – com a juventude ainda aparente em sua energia, mas uma seriedade que lhe adicionava maturidade além da idade –, presidia a mesa oval com a imponente estatura de quase dois metros e uma aura de comando que parecia natural. Seu corpo era atlético, não exageradamente forte, mas com uma forma provocativa que transparecia mesmo sob o corte impecável de seu terno de alta costura. Seus cabelos, negros e densos, eram penteados para trás, revelando uma testa marcada por linhas finas que talvez denunciassem a intensidade de seus pensamentos. A barba bem feita contornava um rosto de traços marcantes. Seus olhos escuros, geralmente penetrantes e calculistas nos negócios, focados em números e estratégias, agora carregavam um brilho difere

Sean estava folheando alguns livros de arte, vestido casualmente elegante com uma camisa de linho azul-marinho de botões e calças de sarja claras. Seus sapatos de couro impecáveis contrastavam sutilmente com o ambiente descontraído da livraria. Ele não estava realmente concentrado nas páginas; sua mente, calculista e estrategista, vagava para a imagem de Alexandra. De repente, seus olhos a encontraram na seção de literatura estrangeira. Era o sinal que ele esperava.Alexandra estava absorta em um exemplar de capa colorida, vestindo um vestido preto floral que realçava a tonalidade de seus cabelos. Uma pulseira de prata, herança de sua falecida avó, a qual tinha muito apego, brilhava discretamente em seu pulso. Ela segurava o livro com as duas mãos, um vinco de concentração entre as sobrancelhas enquanto lia e mergulhava em suas páginas, alheia ao olhar intenso que a observava.O coração de Sean acelerou. Ele sentiu que este era um sinal inequívoco do destino, ou talvez apenas da sua p

Poucos minutos depois, Sean se aproximou do grupo de Alexandra. Sua presença imponente já se fazia sentir antes mesmo de ele chegar à mesa. Um sorriso charmoso, mas ainda assim reservado, estava em seu rosto.Sean: Boa noite, Alexandra. Que surpresa agradável a encontrar aqui – e claro para ele não é tão surpreendente assim, tudo foi milimetricamente pensado e analisado.Alexandra (tentando disfarçar a surpresa e o leve nervosismo): Sean! Boa noite. Não sabia que você frequentava este lugar.Sean: Gosto da atmosfera. E a companhia parece ótima. Ele direcionou um olhar rápido e charmoso para as amigas de Alexandra, demorando-se um pouco mais em Camila, que retribuiu o sorriso com uma piscadela cúmplice. "Posso me juntar a vocês por um instante? Ou a 'bruxa' aqui já te contou que eu sei onde encontrar os melhores lugares e as melhores companhias?" ele sim ele escutou o divertido comentário e tirou um sarro, se divertido com Camila, mas a intensidade dos olhos fixos em Alexandra.Camila

O mundo ao redor pareceu desaparecer, em meio a beijos que roubavam o fôlego, línguas entrelaçadas em uma dança faminta, sussurros roucos e conjurados ao pé dos ouvidos. Em algum momento, eles estavam ali, deitados na areia fria da praia, mas seus corpos pegavam fogo. A brisa da noite, antes gelada, agora parecia um alívio para a chama que os consumia.Alexandra, com uma ousadia que surpreendia a si mesma, inverteu as posições, subindo sobre ele, sentindo o peso de seu corpo forte contra o seu. A praia deserta sob a luz da lua, o som das ondas como uma trilha sonora para aquele encontro de lábios que se aprofundava em mordidas suaves e famintas. Não havia apenas o beijo; havia a necessidade de devorar, de sentir cada parte, de possuir e ser possuída naquele instante.Sean aproveitava cada segundo, as mãos dele percorrendo o corpo dela, da curva das costas até as coxas, apertando sua cintura. Seus dedos se entrelaçavam nos cabelos ruivos de Alexandra, enquanto ele a puxava para um beij

Ainda naquele mesmo domingo, (depois de se molestar não só mentalmente, mas intimamente com a memória do beijo na praia) vestindo uma camiseta de algodão cinza e calças de moletom escuras. A brisa que entrava pela varanda envidraçada bagunçava levemente seus cabelos negros. Ele estava sentado no sofá, o notebook aberto à sua frente, mas seus dedos pairavam sobre o teclado sem digitar. Na tela, uma janela de conversa com Alexandra estava aberta, com várias mensagens digitadas e apagadas. Ele escrevia frases apaixonadas, declarações um tanto “vigorosas que tentava disfarçar o volume de sua calca”, mas hesitava em enviá-las, uma pequena parte de sua mente ainda consciente da possibilidade de assustá-la.Seu amigo, Bruno, havia chegado há pouco. O advogado de 32 anos era alto, atlético, e sua presença já era imponente ao ser visto. Seus olhos, de um âmbar sedutor, pareciam captar cada nuance, e um anel de prata com uma pedra vermelha brilhava discretamente em seu dedo, um toque de elegânc