A manhã de segunda-feira despontou em Itajaí com uma fúria própria, refletindo o caos que Sean Black sentia. Uma tempestade castigava a cidade costeira. Raios rasgavam o céu em flashes brancos e azuis, seguidos por trovões que faziam os vidros da casa de Sean tremerem. A chuva, impiedosa, chicoteava a varanda, lavando o cenário que ele tanto amava, e que agora parecia um espelho de sua alma atormentada.
Ele acordou sentindo o peso da noite anterior. Não era apenas a ressaca do vinho; era a ressaca de Alexandra, a dor da ausência que se alastrava por cada fibra de seu ser. A cama estava tão fria e vazia quanto a sua esperança de vê-la ali ao seu lado. Seus olhos varreram o quarto, parando no bilhete amassado sobre o criado mudo e ao lado do seu celular com um total de zero mensagens dela, naquele papel, a caligrafia de Alex, um lembrete cruel de sua partida. "Não venha ao meu encontro." A frase ecoava em sua mente, um desafio, uma ordem, e, para Sean, uma afronta borbulhante em seu pei