Emma.
Um mês depois...
Os dias simplesmente voaram nas últimas semanas. Passei 90% do meu tempo no trabalho, soterrada entre pilhas de papel, relatórios intermináveis e reuniões que pareciam não ter fim. Thomas teve mais um de seus surtos há cerca de duas semanas — daqueles que fazem todo mundo na empresa andar em ovos. Por pouco ele não nos demitiu, a mim e à Margôt.
Segundo ele, fomos incompetentes ao ponto de não perceber que as planilhas estavam erradas. Mas, no fim, o problema era muito mais grave: havia alguém desviando dinheiro da empresa, enviando para uma conta no exterior. Os números não batiam por causa disso. E adivinha se ele ao menos se desculpou pelas palavras duras? Claro que não. Apenas disse que não fizemos mais que nossa obrigação em descobrir o desfalque. Como se fosse fácil lidar com toda a pressão que ele j**a sobre a equipe diariamente.
Até mesmo Margôt, que sempre teve uma paixão platônica por ele e passava pano pra todas as atitudes abusivas, começou a acha