Uma semana depois.

Emma narrando.

Os últimos dias têm sido... complicados, para dizer o mínimo. A rotina na pousada onde estou hospedada é, digamos, rígida demais. Regras para tudo — desde os horários de entrada e saída até sobre quem pode ou não me visitar. E, sinceramente, isso tem me irritado mais do que deveria.

Ainda não encontrei um apartamento para alugar, então continuo por aqui mesmo, nessa pousada onde os donos acham que são generais de um quartel. Mas foi o lugar mais em conta que encontrei depois de rodar por tudo quanto é canto da cidade essa semana. Então, por enquanto, é isso ou dormir no carro.

As investigações sobre o incêndio na minha casa seguem em ritmo de tartaruga manca. Até agora, tudo o que me disseram é que existe a suspeita de incêndio criminoso — e só. Já perdi as contas de quantos policiais vieram falar comigo, todos com a mesma conversa de “precisamos colher mais informações”.

Estou começando a achar que, no fundo, eles desconfiam que fui eu quem