Emma.
Pego meu celular, enfio um pouco de dinheiro e o documento na capinha — velha mania de quem já sabe que pode acabar se enfiando em algum lugar inesperado no meio da noite. A tela pisca com a notificação de Luke. "Tô lá embaixo", diz a mensagem. Já passava das 23h10. Tarde demais pra ser santa, cedo demais pra voltar pra casa.
Tranco o quarto atrás de mim e sigo o corredor em passos firmes. Bato na porta do quarto de Giulia, que não demora a destravá-la. A linda já tinha me mandado mensagem às 21h30 dizendo que tinha chegado, mas eu enrolei de propósito. Queria causar.
— Vamos. — digo assim que ela abre a porta.
— Victorio só esta pegando o celular dele e as chaves do carro. — comenta Giu, girando o corpo levemente pra me olhar para dentro do cômodo.
— Iremos com Luke. — respondo , com um sorrisinho de canto que ela bem conhece.
— Ele tá com saudade de correr. — diz ela no tom mais tranquilo do mundo, como se não estivéssemos prestes a nos enfiar em mais uma corrida ilegal no m