KESIA MUNIZ
Na manhã seguinte, não tinha ideia de que roupas levar.
Na dúvida, enfiei na mala as mais simples possíveis. E caso alguém nos veja juntos, vão pensar que sou uma empregada.
Melhor assim, aí não vou estar sujando a imagem dele. Ninguém vai achar que sou algo a mais, até porquê, sirvo apenas como um brinquedinho, que ele gosta de manipular, e pior que consegue.
Em uma mala separada, arrumei roupas para o Angelo.
Tomei banho, fiz o mesmo com o mocinho que ainda estava mole de sono.
O tempo estava frio, dava para ver pela janela de vidro do quarto a neblina densa sem chuva. Vesti uma calça jeans preta, coturnos igualmente
pretos, blusa na cor vinho de mangas longas feita de lã quentinha.
Penteei com os dedos o cabelo de lado.
No pequeno vesti uma calça jeans preta, botas, camisa e casaco de moletom azul claro.
Quase oito da manhã, Frances apareceu no quarto e me ajudou com as malas.
— Frances, não se preocupe. Seu sobrinho está a salvo. — Quis esclarecer enquant