Fúrias e resgate.
KESIA MESSINA
É difícil acreditar que no mundo existem pessoas como o Vinicius.
Eu custei a crer que ele tinha sido capaz de fazer o que fez com o próprio filho. Mas é quase normal, o mundo está perdido. Aliás não é o mundo, são as próprias pessoas que não fazem questão de mudar.
O desespero me engolia, paralisava toda vez que lembrava do pequeno dedo do meu filho naquela caixa...
Depois da ligação não consegui mais dormir. Passei a noite toda me embriagando e o Fellipo me acompanhava.
— Eu vou matar ele. — Fellipo disse deitando ao meu lado.
Estávamos deitados, eu agarrada a garrafa de uísque quase no fim.
Olhando para o teto branco que girava.
—Você tem coragem de matar alguém?
— Já matei mais do que posso lembrar. — Ele respondeu estando bastante falante por causa da bebida, mas creio que esteja menos bêbado que eu.
Arregalei os olhos e acabei rindo.
— Seu mentiroso! Eu duvido. Empresários não precisam matar a concorrência.
— É claro que precisa.
Bebi mais