As portas giratórias da sede da VIP Rooms se abriram com um sibilo elegante, seguido por um sopro gélido de ar-condicionado que não foi capaz de aplacar o calor explosivo que queimava sob a pele de Evan Médici. Ele entrou no saguão como uma força da natureza, não um homem, mas um furacão em forma humana. Seus passos eram decididos, o maxilar travado, e os olhos, duas brasas de fúria e orgulho ferido.
A recepcionista mal teve tempo de erguer os olhos da tela.
— B-Bom dia, senhor… — gaguejou, visivelmente surpresa ao vê-lo ali. — O senhor possui… agendamento?
— Quero falar com a diretora. — cortou ele, a voz baixa, cortante, com a frieza de uma lâmina recém-afiada.
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