O corredor da UTI tinha cheiro de antisséptico, medo e silêncio. O ar era frio, pesado, denso, quase impossível de respirar. Cada passo soava como um eco proibido, como se os próprios azulejos quisessem impedir que o tempo avançasse.
Irina entrou devagar, o coração batia com tanta força que doía. Os dedos trêmulos estavam entrelaçados, e a respiração vinha curta, irregular, como se cada inspiração exigisse um esforço absurdo. Os olhos foram imediatamente atraídos para a cama no centro do quarto.
Evan estava ali, imóvel, frágil.
O homem que sempre pareceu invencível, aquele que enfrentava o mundo de peito aberto e sorriso desafiador, agora parecia tão distante… tão pequeno. O corpo dele estava coberto por um lençol branco até o peito. Ao redor, fios e tubos atravessavam a pele, conectando-o a máquinas que trabalhavam incansavelmente para manter o coração batendo e os pulmões funcionando. O bip compassado do monitor cardíaco era o único som que confirmava que ele ainda estava ali, lutan