Edward permanecia em coma, seu corpo travava uma silenciosa batalha para se recuperar. Os médicos, após observarem atentamente as reações dele, haviam decidido mantê-lo sedado. Não era apenas para poupá-lo das dores físicas, mas para controlar os efeitos colaterais brutais da abstinência que ameaçavam consumir o pouco de energia que restava em seu organismo. O quarto da UTI era frio e silencioso, o bip constante das máquinas lembrava que a vida dele, por enquanto, estava presa a tubos e aparelhos.
Durante três dias inteiros, Pablo não arredou o pé dali. Ficou ao lado do sogro como um guardião incansável, recusando-se a deixá-lo sozinho nem por um instante. Saía apenas o necessário para tomar um banho rápido e engolir alguma refeição, e nesses i