Edward Brown
Eu prometi.
Prometi ao meu genro, com os olhos firmes nos dele e a voz firme como um homem que ainda quer resgatar sua dignidade, que eu iria tentar. Não, mais do que isso: que eu iria conseguir.Eu disse que ia provar a ele, à minha filha, e a mim mesmo, que eu não era mais escravo da bebida. Que aquele maldito vício que me arrastou por anos, que me destruiu por dentro e afastou cada pessoa que um dia me amou, não era dono de mim. Que eu tinha força para controlar o desejo insano que me corroía por dentro. Que eu era, afinal, dono do meu corpo… dono da minha vontade.
Mas será que sou mesmo?