O som dos risos, das garrafas tilintando e da música ambiente do bar do hotel contrastava de maneira gritante com o turbilhão que Evan sentia dentro do peito. À primeira vista, era apenas mais uma noite entre amigos. Uma daquelas típicas reuniões em que os homens se sentam para conversar, relaxar, beber e rir de besteiras ditas no calor do álcool.
Mas, naquele instante, Evan Médici não estava ali de verdade.
Seu corpo, sim recostado preguiçosamente na cadeira de vime à beira da mesa baixa de madeira, com uma garrafa de uísque importado quase vazia à sua frente, os olhos levemente semicerrados, os ombros relaxados de forma enganosa. Mas sua alma… essa estava distante, afogada em lembranças que insistiam em retornar com a mesma intensidade de uma onda revolta.
A cada gole que descia pela garganta, ele te