O meu coração estava disparado, e não era pela beleza do baile — embora tudo ali parecesse ter saído de um conto de fadas distorcido, era pelos olhares, pelas tensões invisíveis que preenchiam cada centímetro daquele salão, eu não pertencia a esse mundo. E, ainda assim, estava ali, de braço dado com um dos homens mais temidos e respeitados desse submundo, mas nada, absolutamente nada, me preparou para o que meus olhos estavam prestes a ver.
Quando Niklaus se virou e esbarrou naquele homem, eu senti, não sei explicar como, mas eu senti que aquele não era qualquer um, o seu olhar... frio, calculista, cruel. Até mesmo a sua presença parecia pesar no ar, o homem ergueu o queixo, com uma arrogância que transbordava, e olhou diretamente pra mim, como se me estudasse. Um calafrio percorreu minha espinha, e minha mão apertou instintivamente a mão de Melinda, nós estávamos mais atrás, mas não distantes o suficiente para não escutar nada, foi quando o nome dele escapou dos lábios de Niklaus, qu