123. A Verdade Diante dos Meus Olhos
Gregório
Olho para a porta e não acredito no que vejo... parada diante de mim está ela. A assassina. A psicopata. Carmen, sorridente e soberba como sempre. O que não consigo entender é como ainda está solta depois de confessar todas as suas monstruosidades. Será que a gravação falhou e ninguém conseguiu ouvir sua confissão? Ou talvez algo tenha acontecido com meu celular e ele não chegou às mãos do Rubens?
Ainda absorto em meus pensamentos, observo atentamente seus passos na minha direção. Ela tenta se aproximar da cama onde estou sentado, mas seguro firme seu braço e a encaro com fúria.
— O que faz aqui, Carmen? Você deveria estar atrás das grades de uma penitenciária de segurança máxima. Ordinária! Psicopata! — grito, apertando com força seu braço. Ela se solta rapidamente e se afasta.
— Filho, por favor... acalme-se. Isso não faz bem à sua recuperação — diz meu pai, aproximando-se e afastando Carmen de mim.
— É isso mesmo que você deseja para a mulher que foi sua esposa por tantos