BRANCA
— O que você sabe do Florian? — escuto a pergunta e desvio o olhar do homem parado na porta com um sorriso pequeno, maldoso.
Encaro o outro homem sentado na poltrona. Tão lindo. Eu suspiraria de deslumbre se não estivesse a ponto de surtar com tudo que aconteceu. Meu pescoço dói. Deve ter marcas terríveis.
O suspiro que sai da minha boca é de cansaço físico e emocional.
Relato tudo que aconteceu desde que encontrei Florian e levei para casa, passando pelo tempo que ficamos juntos sem ele nunca se mostrar violento assim. Falo também sobre nossa fuga e o tempo que passamos na casa da amiga de Maria. Quase o tempo todo ele me olha com pena. Seu olhar só mudava quando eu mencionava o nome da minha amiga. E literalmente se arregalaram quando deixei escapar que fizemos exame juntas e descobrimos que estamos grávidas juntas. Ele também pareceu surpreso quando eu falei que ela tinha o telefone dele.
É como se minha amiga nunca tivesse ligado para ele.
Penso em perguntar, mas acabo guar