DEENA
Assim que o vejo saindo com as malas, um buraco se abre dentro do meu peito e, por um momento, sinto que não consigo respirar. Antes de atravessar a porta ele olha pra mim com os olhos cheios de mágoa. Desvio o olhar para os meus pés, envergonhada.
A porta se fecha com um baque surdo, então soluço, deixando que as lágrimas explodam pelos meus olhos. Me sinto fraca, me sento no chão abraçando as minhas pernas. Meu rosto é uma confusão de fluídos e meu peito está cada vez mais vazio. O conto de fadas acabou.
...
Disse para Eve que Henry precisou viajar e nos últimos dias ela tem enchido a minha paciência perguntando, ao menos dez vezes por dia, quando Henry irá voltar e hoje, estou em frangalhos. Não é que eu me arrependa do que fiz, eu sei que foi o mais correto para aquele momento, porém, não há como escapar da dor que tudo isso tem me causado.
Sinto que está faltando algo o tempo todo e o pior de tudo é saber que ele está tão perto. Coloquei na minha cabeça que ele realmente est