DEENA
Contra a vontade de Eve, acabo de colocá-la para dormir e me dirijo a sala, onde Henry já me espera. Ele está sentado no sofá, relaxado com as pernas abertas e os braços abertos apoiados em cada lado do sofá como asas, parece que meu sofá é pequeno demais para ele, espaçoso e folgado como é. Paro a sua frente e ele me dirige aquele sorrisinho vitorioso, que dá vontade de desmanchar na pancada.
— No que você estava pensando, quando resolveu enganar a minha filha novamente?
— Eu não...
— Não o quê? Eu e minhas amigas tínhamos acabado de conversar com ela, para não te chamar de pai, você quer brincar com a minha cabeça, então brinque. Eu sei lidar com isso, mas Eve... — meus olhos começam a esquentar. — ela só tem três anos e um pai biológico horrível que ela não sabe quem é.
Ele recolhe os braços do encosto do sofá e fita o carpete.
— Me desculpe! — diz finalmente em um suspiro.
O quê? Eu estou ouvindo direito? Só me desculpe?
— Só me desculpe? Só isso que tem a dizer?
Ele bufa e s