-POV: Artemísia-

Ele parou diante da cela como se estivesse diante de um objeto. Não de uma pessoa. Não de alguém que ele conhecia. Que seu filho amou.

O olhar impassível. Sério. Frio como pedra.

— Olá, Ômega. — disse Tyron, a voz grave, pesada, carregada de soberba.

Ele sabia meu nome. Sabia quem eu fui para Lioran. Mas escolheu aquela palavra. Minuciosamente. Cruelmente.

“Ômega.”

Não respondi. Não por respeito. Mas porque o ódio me calava.

Ele não se abalou com meu silêncio. Não esperava resposta. Só queria me lembrar do lugar que ele achava que eu pertencia.

E então, vi.

Mais ao fundo. Quase escondido. Como quem não quer ser visto.

Daimon.

O coração se partiu. Ali, Ao lado do pai. Ao lado do líder da Seita que ele prometeu destruir comigo.

A voz saiu baixa. Quase um sussurro.

— O que vai acontecer comigo?

Tyron respondeu como quem fala sobre o tempo.

— Você será sacrificada no dia do eclipse. Uma oferenda à Fenrir. Deveria se sentir honrada por isso.

Honrada.

A palavra me deu vont