Os dias seguintes continuaram assim. Seu marido a buscava para almoçar e jantar no salão improvisado do andar de cima todos os dias, sempre muito educado e prestativo, o que estava irritando Amira. Por que ele estava agindo assim? Perguntou-se pela milésima vez naquela semana. Na parte da tarde, ele a levava ao seu aposento preferido e passava alguns momentos com ela, e tinham conversas amistosas. Então ali estava ela, mais uma vez, no último dia de repouso imposto pelo médico, diante dele na mesa de jantar, enquanto o escutava falar sobre a mudança no clima. Ele deve ter percebido o seu desinteresse.
— Acompanha-me até o jardim? — Convidou-a.
A ideia a agradou intimamente. Desde o acidente não saia de casa.
— Milorde, realmente não precisa se preocupar comigo.
Ele se levantou da cadeira e se aproximou dela. O cheiro dele entrou em suas narinas enquanto ele a levantava no colo e saia do salão. Fazia mais de uma semana que ele a carregava e mesmo assim Amira ainda não tinha se acos