Francine estava na despensa fingindo estar organizando algumas latas, mas os olhos não desgrudavam do relógio de parede.
Faltavam cinco minutos.
Cinco míseros minutos.
Ela respirava fundo, tentando manter o controle, mas o corpo todo vibrava como se estivesse prestes a explodir.
— Calma, Francine. Vai dar certo. Você já repassou todo o plano, sabe exatamente o que fazer. Se o Elias fizer a parte dele, vai dar tudo certo. Vai dar tudo certo...
Repetia o mantra entre os dentes como quem se agarrava a uma bóia no meio do mar.
Francine olhou pela janela da cozinha.
O carro preto de Dorian atravessando o portão principal da mansão.
— Merda, merda, merda...
A ansiedade virou pânico imediato.
Ela largou tudo e saiu em disparada pelos corredores, se esgueirando até a lateral da casa, onde ficava a caixa de energia.
Os dedos já tremiam sobre o disjuntor. Ainda não. Espera o momento certo...
Dorian entrou com passos decididos na sala de segurança.
Impecável como sempre