Dorian foi até a janela, cruzou os braços e fitou o reflexo do próprio rosto sobre a cidade lá embaixo.
— Se ela entrou na minha casa... Preciso saber com quem. Se foi deixada por alguém. Se tinha um carro esperando. Ou se... realmente veio sozinha.
— Tá dizendo isso como empresário — provocou Cássio — ou como homem atingido por um salto agulha no ego?
Dorian sorriu de canto.
— Estou dizendo isso como alguém que não gosta de ser feito de idiota.
Cássio ergueu as mãos, rendido.
— Ok. Tá autorizado então? Posso pedir pro pessoal de segurança separar as imagens da entrada?
— Não. Deixa que eu mesmo cuido disso.
— Claro. Mais emocionante quando o caçador participa da busca pessoalmente.
Dorian pegou o celular, como quem já traçava um plano.
— Não vou vê-la de novo por acaso, Cássio. Vou vê-la... por escolha.
Cássio apenas balançou a cabeça com um sorriso de lado.
— Boa sorte com isso, meu amigo. Você vai precisar.
[…]
A sala de segurança da mansão ficava num anex