Assim que passou pela porta da mansão, o turbilhão de pensamentos invadiu a mente de Dorian como uma tempestade sem aviso.
“Então era esse o remetente das flores?”
“Será que foi ele quem colocou o rastreador na bolsa dela?”
“É por causa dele que ela não se abre comigo?”
As perguntas se atropelavam, deixando pouco espaço para a lógica e muito espaço para o incômodo.
Sem se dar conta, ele bateu a porta do salão principal com força suficiente para assustar qualquer alma viva por perto, e talvez até ser ouvido da rua.
Não que se importasse.
Seguiu em passos pesados até o corredor. Um dos empregados cruzou com ele no caminho, cumprimentando-o com um tímido "boa noite".
— Boa noite, senhor Dorian.
Não recebeu resposta. Apenas um olhar de aço e o som apressado dos sapatos ecoando pelo piso de mármore.
— Pelo visto o humor dele voltou ao normal — comentou o funcionário, mais para si mesmo do que para alguém ouvir.
No quarto, Dorian tirou o paletó com um gesto brusco, afrouxou a gra