Ele avançou mais um passo, devagar, como se encurtar a distância entre eles fosse inevitável.
Dorian respirou fundo, juntando todo o orgulho que ainda tinha.
— Você ainda não entendeu… Eu não quero te punir. Eu quero entender o que você queria com aquilo. O que você queria comigo.
Ela riu, sem humor.
— Você acha que tudo gira ao seu redor, não é? Que cada atitude minha tem a ver com você. Mas talvez eu só estivesse procurando outra pessoa, mas você chegou antes.
As palavras bateram nele como tapas invisíveis, cada uma mais cruel que a anterior.
— Então foi só isso pra você?
Ela hesitou. Só por um segundo.
— Aquela noite foi exatamente o que deveria ter sido, Dorian. E é assim que vai continuar.
Virou-se para sair.
— Francine…
— Já terminou? — disse sem olhar pra trás. — Porque eu já fui longe demais só de ter vindo até aqui.
E com isso, ela saiu do escritório — o mesmo jeito que entrou: sem pedir licença, sem se desculpar.
Dorian soltou um sorriso sarcástico.
— Mulher infernal, agora