Dorian sentiu o próprio coração parar quando a porta branca se abriu.
Por um instante ele fechou os olhos. Não porque quisesse evitar a visão... Mas porque precisava ter certeza de que ela era real.
Quando voltou a olhar, Francine estava ali. Vestida de noiva. Uma aparição saída de algum lugar entre sonho e milagre.
E nenhuma expectativa, nenhuma memória, nenhuma fantasia que ele já tivesse criado em segredo chegava sequer perto daquilo.
Ela surgiu moldada pela luz dourada do fim de tarde, o vento suave do Sena brincando com o véu leve, que flutuava atrás dela como uma pequena nuvem branca.
A saia ondulava a cada passo, criando o efeito de que ela caminhava sobre o ar, etérea, delicada, quase mágica.
O buquê de orquídeas brancas e rosadas combinava com a pele clara dela, e a tiara, aquela que Dorian lhe dera no baile da Montblanc, cintilava em harmonia com as luzes penduradas acima do deck.
Era como se tudo tivesse sido criado só para enquadrá-la.
E, pela primeira vez na vida, Dorian