O silêncio do galpão foi quebrado pelo som apressado de passos.
Francine prendeu a respiração.
Tinha se enfiado entre duas caixas enormes, tentando parecer parte da decoração.
Se pelo menos tivesse um papel higiênico por perto, a encenação seria perfeita.
O capanga apareceu, cambaleando. A testa ainda vermelha da cabeçada que levara.
— Ei! — ela gritou, fazendo sinal com as mão para ele parar, antes que pudesse alcançá-la. — Dá licença! Posso ter pelo menos um pouco de privacidade pra fazer as minhas necessidades?
O homem parou, surpreso.
— Como é?
— Isso mesmo! — respondeu ela, gesticulando como se aquilo fosse o argumento mais lógico do mundo. — Eu tô desde ontem presa naquela cadeira. Estava já desesperada para aliviar o sistema digestivo, se é que você me entende.
Ele cruzou os braços, sem mover um músculo.
— E achou que podia sair andando por aí, é isso?
— Olha, moço, com todo respeito, mas não dava pra fazer na frente de um desconhecido. A menos que o pacote de sequestro inclua